3ª edição

22 fev 2017

Os NÚCLEOS DE CRIAÇÃO: ESTUDOS PARA PASSAARÃO, realizados em 2016, investigaram a Rua Aarão Reis (hipercentro de BH) sob perspectivas históricas, dramatúrgicas, performáticas e teatrais. Ela é, atualmente, o local da cultura genuína de Belo Horizonte, é o local onde a cidade nasceu e ainda leva o nome de quem a projetou. Pode ser vista como o avesso do projeto original da nova capital: caótica, descontrolada, multifacetada e, por isso mesmo, viva e pulsante.

95 se inscreveram e 40 artistas participaram dos núcleos que tiveram, em média, 40 horas, distribuídas em 3 meses

:: encontros provisórios: convívios instáveis, vibrantes e de alto risco – coordenado por marcelo castro e ana luísa santos


Foto: Flávia Mafra

Este Núcleo de Criação abordou questões relativas à arte da performance. Como estratégia artística foi realizada uma espécie de arqueologia dos usos e inscrições na rua Aarão Reis, uma das primeiras vias de Belo Horizonte. O trabalho partiu de práticas de experimentação performativa no espaço urbano através dos seguintes princípios:

disponibilidade/abertura/porosidade
mapeamento/escutacontaminação/contágio
invenção/interferência
registro/reverberação
compartilhamento

O desejo foi exercitar o engajamento estético-político através de imersões na rua.

:: criatura – coordenado por alexandre de sena, aline vila real e pablo bernardo


Foto: Pablo Bernardo

Criatura buscou reconhecer territórios e refletir sobre elementos identitários que podem fazer da rua Aarão Reis um lugar de encontro de pessoas, com suas referências históricas e culturais. Investigou-se as potências desta zona da cidade para refletirmos população/povo/cidadãos/comunidade.

:: a construção do gigante – coordenado por pigmalião escultura que mexe


Foto: Marcelo Castro

Neste núcleo os participantes construiram coletivamente um boneco de fios de 5 metros de altura, utilizando técnicas sofisticas de articulações, escultura e acabamento, possibilitando a compreensão de todas as etapas de construção de uma marionete.

:: eis a rua – coordenado por gustavo bones, fernando salum e mirela persichini


Foto: Arquivo público de BH

Foram realizados estudos teóricos e práticos sobre a história e a diversidade da rua Aarão Reis utilizando princípios do teatro, da performance e da intervenção urbana. Os participantes realizaram encontros com habitantes, trabalhadores, frequentadores da rua e pesquisadores, colhendo memórias, impressões e relatos. Uma cartografia criativa e coletiva sobre aspectos culturais, sociais e antropológicos da rua Aarão Reis.

 

>> Conheça aqui o diário dos Núcleos de Criação.