Grupo XIX

6 jun 2011

O Grupo XIX de Teatro trabalha desde 2001, em São Paulo-SP. A princípio, o grupo partiu de pesquisas históricas para criar espetáculos que buscavam afirmar identidades brasileiras. E desde o início, Janaina Leite, Juliana Sanches, Luiz Fernando Marques, Paulo Celestino, Rodolfo Amorim e Ronaldo Serruya desenvolvem uma bela pesquisa sobre a interação entre atores e espectadores no momento teatral. Conhecemos o pessoal do XIX um dia depois da estreia de Amores Surdos, num almoço no Passeio Público, em Curitiba (terra da Cia. Brasileira). Trocamos algumas palavras e fomos todos assistir ao Hygiene (segundo espetáculo do grupo, que mais tarde trouxemos pro ACTO2!). Depois eles vieram com o Hysteria pra BH e fizemos uma festinha pra eles na casa da Fê. Trocamos telefones e várias histórias. Um tempo depois, estávamos fazendo uma temporada em São Paulo e a festinha foi na casa da Sara. Levamos alguns vinhos e nessa noite, trocamos várias ideias. Constatamos que éramos grupos irmãos. Tempos depois do ACTO1!, fizemos o Barco de Gelo, um embrião do que seria uma peça criada pelos dois grupos. Então o Espanca! se mudou pra casa dos amigos, na Vila Maria Zélia, Zona Leste da cidade de São Paulo. A residência do Grupo XIX na Vila, que já dura 10 anos, é uma coisa linda de se viver. E foi lá, na primeira vila operária do Brasil, que Marcha Para Zenturo nasceu. O espetáculo é uma co-criação entre Espanca! e XIX, um trabalho que contém a força do convívio entre companhias que se conheceram intimamente. No ACTO3!, além de fazermos a Marcha juntos, o grupo mostrou que essa intimidade criativa é mesmo potente, mesmo quando é de mentira.

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