O João Perdigão veio nos visitar. Ele nos apresentou seu blogue ouviaduto, que mostra algumas histórias colhidas para escrever um livro sobre o Viaduto Santa Tereza para a coleção “BH – A cidade de cada um”. Depois fizemos uma caminhada pela região contando lendas, casos e histórias que assombram a região. Tipo essas:
> Antes da construção do Edifício Central, funcionavam ali vários bares e hotéis que recebiam as pessoas chegando à cidade no trem. Um deles era boteco durante o dia e hotel durante a noite: o Bar da Finca. Todas as noites, depois da bebedeira do bar, os donos recolhiam os copos, organizavam os hóspedes em esteiras enfileiradas e fincavam uma corda que passava estendida sob todos os travesseiros, estranhamente suspensos. De manhã bem cedo sacavam a finca, soltando a corda para despertar, no susto, os clientes que pernoitavam. Começava assim o expediente etílico.
> Um homem estava muito triste e subiu nos arcos do Viaduto para dar fim à própria vida. Sentou no cume, sentiu o vento lhe assoprar, fechou os olhos devagar, se jogou pra trás e… acordou em João Monlevade, dentro de um vagão cheio de feno de algodão.
> No período paranóico da II Guerra, os Edifícios Sulamérica e Sulacap foram construídos para oferecer segurança pra valer. Em caso de bomba atômica, moradores e comerciantes ainda podem se refugiar num autêntico bunker, um abrigo subterrâneo na rua da Bahia com Tamóios.
> A primeira ocupação da cidade planejada por Aarão Reis foi a Favela da Estação, localizada na rua Sapucaí.
>> Ao final do passeio, João nos encaminhou uma pesquisa de notícias de jornais sobre o Viaduto desde a década de 90. Vale a pena ler: