
Essa fala do Zé Celso me tocou muito a primeira vez que li tempos atrás, pqe nela eu vejo um pontinho da minha pequeníssima experiência com teatro. E porque foi uma boa coincidência do momento que estava imersa na procura de coisas que juntassem minha experiência, com o trabalho dos meus companheiros de pesquisa e com o que eu acredito. Então que meu corpo foi uma explosão de sentimentos bastante poéticos e idealizados rsrs..
Segunda quando eu comecei a ler a Aula Magna do Giberto Gil ela foi a primeira coisa que me veio a cabeça, mas depois, como na extensa discussão que tivemos, a esta aula se acrescentou uma perspectiva a mais, talvez muito idealizada e líquida, pqe ainda estou nas constantes descobertas que parecem (e espero) nunca acabar… enfim, quando comecei a ler a Aula Magna em voz alta senti vontade de compartilhar a fala do Ze Celso, portanto, ta aí compartilhada
“A erradicação da miséria se dá juntamente com a erradicação da miséria cultural. Mais do que a educação. Porque a educação pode se propagar e formar uma série de indivíduos voltados para o mercado e que não vão saber de si. Não vão saber o que tem na frente do nariz. Não são criadores. Já o teatro é uma universidade… é a coisa que mais forma o indivíduo em contato com o outro, com o coletivo. O teatro é a catarse, você sai diferente do que entrou. Só a cultura propicia a possibilidade de sonhar, de imaginar, de criticar, de saber de si mesmo, de saber do seu corpo, de saber da natureza. A cultura, não é a macroeconomia, é a infraestrutura da vida, a energia propulsora. A macroeconomia está fazendo mal à humanidade. Quando o indivíduo, por meio da cultura, desperta para a autopercepção de que é livre, na hora ele sai da miséria.”
Zé Celso – Revista TRIP 2011.
Enviada por Lorena Braga